5 dicas para prevenir a osteoporose na menopausa

Leite pode ser aliado no combate à osteoporose
Se você tem tido fraturas com muita facilidade, fique atenta: pode ser um indício de osteoporose. Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), a doença acomete cerca de 200 milhões de mulheres no mundo todo, cerca de um décimo daquelas com 60 anos, um quinto das com 70 anos, dois quintos das com 80 anos e dois terços das com 90 anos.

5 dicas para prevenir a osteoporose na menopausa
No Brasil são cerca de 10 milhões de casos; 75% deles só são descobertos depois da primeira fratura

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), são cerca de 10 milhões de casos, sendo que 75% deles só são descobertos depois da primeira fratura.

Uma perda de 10% na coluna pode dobrar o risco de fratura nas vértebras, enquanto uma redução de 10% na massa óssea do quadril aumenta em 2,5 vezes as chances de quebra da bacia. O Ministério da Saúde estima que 50% da população feminina, a partir dos 50 anos, sofrerá alguma fratura osteoporótica no decorrer do tempo.

“A doença causa a diminuição da massa óssea, resultando em ossos frágeis e porosos. O grande perigo é que a osteoporose não causa dor, ou seja, muitas pessoas só a descobrem quando há alguma fratura.

Quem está mais propício ao problema é a mulher, sendo mais comum a partir da menopausa, após 12 meses de amenorreia (ausência de menstruação)”, afirma Carlos Moraes, ginecologista e obstetra.

Segundo Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia, a osteoporose costuma surgir entre os 45 e 55 anos. “Neste período, a chance é maior por conta do desequilíbrio hormonal, principalmente pela queda do estrogênio, hormônio que, dentre outras funções, serve como uma proteção natural aos ossos. Com essa diminuição, o desgaste ósseo acelera. Daí a importância de maiores cuidados com a saúde durante e após a menopausa”.

O que fazer para prevenir a osteoporose

Por não haver cura, é essencial prevenir o quadro de osteoporose, conhecendo tanto os fatores de risco como os hábitos que ajudam a reduzir as chances de desenvolver a doença.

Abandone o cigarro

O cigarro prejudica a massa óssea de forma direta e indireta. As substâncias tóxicas presentes no produto enfraquecem as células responsáveis pela formação dos ossos e modificam o metabolismo do estrogênio, o hormônio feminino que tem como função proteger o tecido ósseo.

Mexa o corpo!

A atividade física tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular. Exercícios como corridas e caminhadas são essenciais para prevenir a fraqueza óssea, além de fortalecer o sistema imunológico.

A musculação, em especial, deixa os ossos mais resistentes e protegidos pelo ganho de massa muscular e contribui para o aumento do equilíbrio, fator importante para evitar quedas, situações comuns em pessoas idosas e que geralmente provocam fraturas.

“A massa óssea se desenvolve até os 20 anos e atinge o auge de sua densidade aos 30. Sendo assim, quanto melhor for a qualidade do osso até este período, mais lenta será sua perda”, frisa a endocrinologista Claudia Chang.

Aposte na vitamina D

O sol é a principal fonte de vitamina D – 80% da formação dessa vitamina provém dos raios solares, que ativam a síntese da substância em nosso organismo, auxiliando na absorção e fixação nos ossos.

O ideal é se expor ao sol 15 minutos por dia, evitando entre 10h e 16h, quando a radiação é mais intensa. Se não for possível, uma alternativa é o uso de suplementação de vitamina D em cápsulas ou gotas, que deve ser feita com acompanhamento médico.

Adote uma alimentação saudável

É preciso consumir alimentos que forneçam as quantidades ideais de cálcio para o organismo, além de vitamina D e de outros elementos, como magnésio e fósforo. Confira os alimentos indicados na prevenção contra a osteoporose:

Leite e derivados: ótimas fontes de cálcio, proteína e fósforo
Peixes gordurosos (como o salmão): contêm cálcio, vitamina D, proteínas e magnésio
Fígado e óleo de fígado: excelentes fontes de vitamina D
Verduras verdes (brócolis, couve, repolho, agrião): ricos em cálcio e magnésio
Leguminosas (feijão, grão-de-bico, lentilha): contêm proteínas, ferro e magnésio
Cogumelos (shiitake, shimeji, champignon): boas fontes de vitamina D
“Com o envelhecimento, o osso perde cálcio, tendendo a ficar mais fraco. Daí a importância de reforçar o consumo desse mineral, principalmente na menopausa.

No entanto, assim como a deficiência do cálcio é prejudicial, o excesso também é, podendo ocasionar perda da função renal, entre outros problemas. Por isso, o uso de suplementos à base de cálcio deve ter indicação e acompanhamento do médico. O consumo proveniente dos alimentos é sempre preferível, sendo a suplementação indicada apenas em casos específicos”, pontua a endocrinologista Claudia Chang.

Densitometria óssea

Pouco invasivo, o exame mede a densidade do osso e pode diagnosticar a osteoporose ainda em estágios primários, o que possibilita o tratamento imediato e evita o diagnóstico tardio. Já antes dos 40 anos, recomenda-se o exame apenas se houver outro fator de risco envolvido, como histórico familiar ou dificuldade de o organismo absorver o cálcio.

“Feita de forma adequada, a prevenção pode reduzir em até 70, 40 e 30% os riscos de fraturas de coluna, fêmur e costelas, pulsos e pés, respectivamente. Para quem usa medicamentos que possam causar a osteoporose, registre tudo durante os acompanhamentos médicos. Lembre-se: os ossos são fundamentais para a sustentação do nosso corpo, além de servirem de proteção a muitos órgãos”, finaliza Carlos Moraes.

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