Consulta de rotina ao ginecologista.
Todo mundo já ouviu a famosa frase: “prevenir é melhor que remediar”, certo.
Pois é: Esta é a lógica das consultas de rotina que as mulheres devem fazer.
Como ginecologista sigo diversos protocolos para identificação precoce de câncer, por exemplo.
Estes protocolos buscam identificar, quando possível, pacientes de risco para determinadas doenças.
Assim sabemos que para o câncer de mama, o principal fator de risco (existem outros) é a idade. Não há um consenso mundial sobre a partir de qual idade a mulher deva fazer a mamografia. Eu começo a pedir o exame a partir dos 40 anos.
A exceção a esta regra é justamente quando a mulher apresenta parentes de 1o. grau com a doença. Neste caso o rastreamento começa mais cedo.
O ginecologista também faz rastreamento de câncer do colo do útero.
A doença está relacionada a infecção por um vírus chamado HPV, que basicamente é transmitido através da relação sexual.
Assim, o rastreamento do câncer do colo do útero deve ser realizado quando a mulher completa um ano de início de atividade sexual.
Importante lembrar que os tais protocolos são revisados de tempos em tempos, à medida que o conhecimento médico avança e novas técnicas são desenvolvidas.
Na ginecologia também rastreamos o câncer de ovário. É uma doença que não costuma dar sinais em suas fases iniciais e geralmente acomete mulheres com mais idade, após os 60 anos.
E temos aí dois problemas. A idéia de rastreamento traz embutida outra ideia: quanto mais precoce o diagnóstico maiores as chances de cura. Se o câncer de ovário não dá sintomas em suas fases iniciais… mais difícil de curamos uma paciente.
A outra questão tem a ver com a faixa etária acometida; mulheres com mais idade pensam que não precisam ir ao ginecologista mais. Grande erro!
Neste caso o ultrassom pode ser de grande ajuda.
Enfim, são algumas variáveis e apenas a consulta de rotina ao ginecologista e o exame físico adequado permitem dar segurança para as pacientes.