DIU. Você conhece todos os tipos?
Nos últimos anos tenho percebido maior interesse das pacientes pelo uso de DIUs, os dispositivos intra uterinos.
Dessa forma, basicamente existem dois tipos:
Os DIUs “de metal” (cobre e cobre e prata) e os DIUs “hormonais” (Mirena e Kyleena).
Ambos são usados como métodos contraceptivos e dessa forma, são bem eficazes.
O DIU de cobre já existe há mais de 50 anos e é utilizado mundialmente em larga escala.
Entretanto, o DIU hormonal já está presente no mercado brasileiro há 20 anos! No mercado mundial há mais tempo ainda.
Contudo, existem algumas diferenças importantes entre eles.
Na minha opinião, a mais importante está relacionada ao padrão de sangramento menstrual.
Todavia, os chamados DIUs de metal costumam aumentar a quantidade e a duração do fluxo menstrual em algumas mulheres, o que pode ser bem incômodo, além de poder piorar algumas condições pré-existentes como o agravamento dos casos de anemia.
Neste sentido, há claro benefício do DIU hormonal, que geralmente reduz ou deixa até mesmo ausente o fluxo menstrual.
Até por isto, muitas vezes indicamos o DIU hormonal em pacientes que precisam diminuir ou cessar a menstruação.
Desde o ano 2000, quando o DIU hormonal chegou ao Brasil, até este ano de 2020, o único DIU hormonal disponível era o Mirena. Não havia em nosso país outra alternativa.
DIU. Você conhece todos os tipos?
Em 2020, houve a disponibilidade de outro DIU hormonal, chamado Kyleena, “primo” do Mirena.
Os diferenciais são listados abaixo:
- menor quantidade de hormônio, proporcionando menos efeitos colaterais;
- dimensões menores, que permite o uso por mulheres com útero pequeno;
- aplicador mais fino, oferecendo maior comodidade na inserção;
- anel de prata, que permite melhor visibilidade na ultrassonografia.
É importante esclarecer que, somente o tradicional Mirena® é indicado para tratar pacientes que têm sangramento menstrual intenso. O novo Kyleena® não tem essa indicação. Assim, Kyleena® e Mirena® são opções diferentes de contracepção para cada perfil de paciente.
Converse com seu ginecologista sobre o DIU
Após uma avaliação ginecológica, você e seu médico podem decidir juntos qual é o método mais adequado às suas necessidades, características e planejamento familiar. Cada organismo reage de uma forma diferente, por isso o tratamento deve ser individualizado.