Os exercícios físicos ideais para cada fase da gestação.

Os exercícios físicos ideais para cada fase da gestação.

Gestantes devem sempre seguir a orientação de obstetra antes de praticar atividades físicas

Os exercícios físicos ideais para cada fase da gestação.
Os exercícios físicos ideais para cada fase da gestação.

Apesar de ainda haver tabus sobre exercícios físicos na gestação, a atividade pode ser uma grande aliada para promover uma gravidez saudável e prevenir complicações.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as mulheres grávidas devem realizar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana.

Estudos mostram que a atividade física durante a gestação pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, ganho excessivo de peso e depressão pós-parto, além de melhorar a saúde cardiovascular e reduzir o tempo de trabalho de parto.

A sensação de cansaço e bem estar pós-treino ajuda a controlar a ansiedade e a manter o autocuidado, contribuindo para elevar a autoestima das gestantes.

— Juliana Hitomi, educadora física

No entanto, é importante ressaltar que a prática de atividade física durante a gestação deve ser realizada de forma segura e adequada a cada fase da gestação, levando em conta as orientações médicas e individuais de cada gestante.

Os benefícios de manter o corpo ativo na gestação também beneficiam o bebê.

Por estimular a circulação sanguínea, os exercícios melhoram o transporte de nutrientes e oxigênio do organismo materno para o bebê, que se dá por meio da placenta e do cordão umbilical.

Toda grávida pode treinar? Os exercícios físicos ideais para cada fase da gestação.

A prática regular de atividades físicas durante a gestação deve ser avaliada junto com o obstetra.

“Os exercícios devem ser compatíveis com o quadro e a evolução da gravidez”, diz o ginecologista e obstetra Carlos Moraes, médico da Santa Casa de São Paulo e dos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre.

Segundo o especialista, o ideal é evitar esforço físico em gestantes com placenta prévia, pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, doenças cardíacas e pulmonares prévias e outras condições similares.

“Nestes casos, o obstetra pode recomendar fisioterapia e outras atividades de baixíssimo impacto, embora o ideal seja o descanso e o foco na gestação.”

Juliana Hitomi, que dá aulas à gestantes há cerca de três anos, complementa: “Durante o treino, é preciso ter atenção com a frequência cardíaca, que não deve subir demais, não praticar atividades que podem desequilibrar e gerar quedas ou impactos na barriga, e sempre recomendar a hidratação.”

Hitomi diz que o feedback das alunas gestantes costuma ser muito positivo. “Elas dizem ter mais disposição, mobilidade e flexibilidade, além de aliviar as dores na lombar, ter melhor recuperação pós parto e mais facilidade para voltar a treinar depois.”

Os exercícios adequados para cada etapa da gestação

Após a avaliação com seu obstetra, busque um profissional especializado que faça o monitoramento dos seus exercícios. E para ajudar na escolha das modalidades ideais, do início ao fim da gravidez, o ginecologista e obstetra Carlos Moraes listou as principais opções:

Para a mulher que pratica atividade regular, é comum ter se exercitado normalmente nas primeiras semanas antes de descobrir a gravidez. Entretanto, uma vez que a gestação esteja confirmada, é hora de adaptar a rotina.

Atividades como bicicleta, natação, pilates, corridas leves e até alguns exercícios na academia de musculação podem continuar a ser feitas com regularidade, ajustando apenas a intensidade.

“Já para as sedentárias, não é hora de pensar na atividade como meio de manter a forma ou perder peso. O foco dos exercícios físicos para gestantes deve ser as atividades mais leves e funcionais, de preferência, indicadas por especialistas”, adverte Carlos Moraes.

Alongamentos, de acordo com o médico, também devem ser parte constante da rotina, sempre sob orientação de um educador físico ou fisioterapeuta. “A prática reduz as chances de dores nas costas no decorrer da gravidez, ajudam a minimizar gases e prisão de ventre e fazem parte da preparação para o parto.”

Este período é considerado mais tranquilo, quando as náuseas e a fadiga do primeiro trimestre desaparecem ou diminuem. Mas, com o aumento de peso e a retenção de líquidos, alguns movimentos podem ficar mais difíceis, alterando o equilíbrio.

“As mudanças corporais somadas à nova percepção de equilíbrio acabam favorecendo quedas. Por isso, a dica é reduzir a intensidade de caminhadas e outros exercícios aeróbicos, e trocar a bicicleta comum pela ergométrica. A natação e a hidroginástica continuam sendo ótimas opções de exercícios físicos para grávidas. Isso porque a atividade na água reduz o impacto e é mais fácil medir a intensidade.”

Exercícios específicos, de acordo com a personal trainer Juliana Hitomi, também podem ser feitos para fortalecer o assoalho pélvico e costas, o que auxilia as mães que passam por parto normal tanto na hora de dar à luz quanto na recuperação pós-parto.

Nesta fase, costuma ser mais difícil manter alguma atividade física. Dores na lombar, nas pernas e nos joelhos se intensificam e até as náuseas que eram comuns no primeiro trimestre podem retornar.

Essas e outras transformações podem desanimar a continuidade dos exercícios, fazendo com que a gestante interrompa a rotina. “Se ocorrer, não há problema algum. Depois do nascimento, você volta a se exercitar normalmente, no seu tempo.”

Mas, se ainda houver disposição, vale apostar na hidroginástica e ioga, sempre com um profissional que tenha capacidade técnica para orientar gestantes. O treino muscular do assoalho pélvico também pode ser mantido.

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