Osteoporose
É fácil observar no dia a dia do consultório o aumento da expectativa de vida das mulheres.
Entretanto, basta um pequeno exercício de memória: vamos nos lembrar das nossas avós.
A imagem que nos vem à cabeça de maneira geral é de uma senhora frágil, que saía pouco de casa, algumas vezes já viúva e aposentada.
O cenário de hoje é muito diferente. E a mudança ocorreu num prazo relativamente curto, penso eu.
Hoje, mulheres com 55 anos ou mais são mais ativas, trabalham, muitas delas já estão adaptadas à tecnologia, usam bem os smartfones, ajudam a cuidar do netos e por aí vai, num grande número de atribuições.
Penso que esta “agenda cheia” é ótima, mantém a mente ativa e obriga tais mulheres a realizar atividades físicas.
Entretanto, com maiores tarefas para fazer, muitas delas acabam não tendo cuidado com o próprio corpo.
E é óbvio que o tempo de vida cobra sua parte sobre nosso organismo !
Assim, um dos problemas que mais vejo no consultório e que mais me preocupa é a chamada “osteoporose”.
Esta doença se caracteriza pela perda da microarquitetura do osso.
E não tem nada a ver com o que chamamos de “artrose”, que é basicamente um problema articular.
Pois bem, a osteoporose aumenta a fragilidade do osso e o risco de fratura, mesmo sob pequenos impactos.
É um grande problema de saúde da mulher na pós-menopausa, sendo uma das doenças crônicas mais prevalentes nesse grupo etário.
Naturalmente existe uma boa influência genética em pacientes com osteoporose.
As mulheres que correm mais risco de ter a doença geralmente são pequenas, raça branca e magras.
Óbvio que não são só estas. Outras também podem ter a doença.
Os principais de fatores de risco são:
– menopausa precoce.
– uso de corticóides.
– antecedentes de fraturas.
– tabagismo e alcoolismo.
O exame principal a ser realizado para o diagnóstico de osteoporose é a densitometria óssea.
Nos EUA, as autoridades médicas recomendam a triagem de mulheres a partir dos 65 anos.
Contudo, dieta adequada em cálcio e vitamina D, atividade física regular e inibição do uso de cigarros e bebida alcoólica devem ser encorajadas, além de estimularmos á exposição à luz solar.
Como sempre, o tratamento deve ser individualizado. Existem várias medicações que podem ser utilizadas, isoladamente ou em conjunto.
O importante: evite a auto medicação e busque sempre orientação do seu médico!