Pré natal: alto e baixo riscos.
Assim que uma mulher descobre que está grávida, surge logo a primeira dúvida: quando e com quem vou começar meu pré natal !
Claro que as opções são várias e a experiência do médico define muito até o estilo do pré natal.
Se o médico tem perfil mais tranquilizador, acredito que o pré natal siga mais “em harmonia”.
Se o médico é mais “assustado”, parece que em todo mês há uma ameaça latente.
Mas aqui recorro a um clichê bem conhecido : “gravidez não é doença”.
Na mesma linha sabemos que 70% dos pré natais são de “baixo risco”, ou seja há boa chance de tudo correr bem .
Quando rotulamos o pre natal de baixo risco avaliamos que :
- mulheres gestantes geralmente são jovens.
- indivíduos jovens de maneira geral tem menos doenças.
- existe já uma consciência formada que gestantes devem abandonar hábitos prejudiciais à saúde como fumar e ingerir bebidas alcóolicas.
Claro que algumas mulheres já podem ter doenças “de base ” como diabetes, hipertensão arterial e doenças reumatológicas, que interferem na gestação.
Sem falar nas doenças que aparecem na gravidez ( como pré eclampsia) ou estão relacionadas à ela ( como parto prematuro).
Enfim, os anos de experiência de um obstetra permitem que rapidamente, ao começar um pré natal, nós médicos saibamos identificar a presença destes “fatores de risco” e saibamos com o que devemos ficar atentos.
Me parece óbvio também que este é um caminho de mão dupla.
O médico identifica, orienta e trata a gestante. Por outro lado, a gestante e a família tem que ter confiança nas orientações médicas.
Sem a tal confiança, diante de algum problema de saúde, a chance de algo “dar errado ” é grande.
Se na grande maioria das vezes tudo dá certo, não obrigatoriamente tudo vai dar certo sempre.
Algumas situações em obstetrícia podem levar à morte da mãe e do bebê.
As estatísticas estão aí para mostrar.
Enfim: atenção, cuidado, exames e acompanhamento adequados são a “estrada do sucesso ” para pré natal feliz.