Vergonha de problema ginecológico? Melhor não!
Este post é um pouco diferente. De maneira geral procuro escrever aqui minhas opiniões sobre assuntos ligados à “saúde feminina”. Procuro sempre trazer a melhor opinião científica no momento em que escrevo.
Mas desta vez quero fazer de maneira diferente.
Vou relatar uma história verídica que traz à tona problemas muito importantes.
A vergonha de lidar com doenças ginecológicas. Afinal é incrível como em pleno século XXI ainda passamos por isto.
E imagino que seja uma situação muito mais comum do que imaginamos.
Segue o relato:
Recentemente a atriz Chloe Bennet revelou em seu perfil no Instagram que luta contra a endometriose. Ela publicou uma foto depois de passar por uma cirurgia para tratar a doença.
Imagino que saibam que costumo tratar pacientes com endometriose.
No texto, ela conta que inicialmente não postaria nada comentando sobre o assunto por desconforto de expor um assunto “tão feminino”. Mas, ao perceber que,
a vergonha é justamente o que impede muitas mulheres
de buscarem tratamento, a atriz resolveu divulgar.
“Seja endometriose, síndrome do ovário policístico, desequilíbrio hormonal, um parto ou só a velha e normal menstruação, sinto que precisamos falar sobre isso. Normalizar a discussão. Perder a vergonha”, disse a atriz de 27 anos.
“Na sexta-feira passada eu passei por um cirurgia para ajudar no meu tratamento contra a endometriose, uma doença com a qual eu venha sofrendo há mais tempo do que eu consigo me lembrar. Eu não ia postar nada sobre isso porque é tudo tão pessoal e, bem, sinceramente, porque é um ‘assunto de saúde feminina’… e até agora, escrever isso me faz sentir… um pouco constrangida e desconfortável, e eu odeio isso. Porque o sentimento de constrangimento é o motivo de tantas mulheres não buscarem tratamento”, disse iniciando seu texto.
E continuou: “A vergonha que cerca problemas de saúde femininos costuma fortalecer as vozes nas nossas cabeças que dizem que nós estamos ‘exagerando’ e ‘não deveríamos levar isso tão a sério’. Isso reflete na forma como somos tratadas no ambiente de trabalho, no que está coberto pelos nossos planos de saúde e notavelmente em como os profissionais de saúde nos tratam.
Continua em outro post… comento a seguir !