Como a obesidade pode intensificar os sintomas da menopausa?

Você já parou para pensar no impacto que a obesidade pode ter durante a menopausa? Com a recente passagem do Dia Mundial da Obesidade, essa reflexão se torna ainda mais importante. O excesso de peso é um desafio em qualquer fase da vida, mas para mulheres que estão atravessando o climatério, os riscos se multiplicam.
A obesidade é definida pelo excesso de gordura corporal em níveis que comprometem a saúde, sendo comumente identificada por avaliações clínicas e medidas como a composição corporal.
Dados indicam que cerca de 40% das mulheres com mais de 45 anos apresentam essa condição. Esse é justamente o período em que muitas entram na perimenopausa, uma fase de transição marcada por intensas oscilações hormonais, mesmo que a menstruação ainda ocorra regularmente.
Com a queda do estrogênio, o metabolismo se torna mais lento, favorecendo o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal. Essa gordura visceral não é apenas uma questão estética, mas um fator de risco para diversas doenças.
Os perigos do excesso de peso na menopausa
Se você sente que os sintomas da menopausa estão mais intensos, o peso pode ser um dos motivos. Afinal, mulheres com obesidade têm até 50% mais ondas de calor e suores noturnos, afetando diretamente a qualidade de vida. E os problemas não param por aí.
Além disso, a obesidade pode elevar em até 64% o risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão e infarto, que já são mais frequentes nessa fase da vida.

Segundo o Dr. Carlos Moraes, médico ginecologista e obstetra há mais de 30 anos na cidade de São Paulo e Osasco-SP:
“O risco de desenvolver câncer de mama também aumenta significativamente, chegando a 40% em mulheres obesas após a menopausa, sem contar que as articulações sofrem mais impacto, elevando o risco de osteoartrite e distúrbios metabólicos, como o diabetes tipo 2.”
Obesidade é uma doença e exige tratamento
Muitas mulheres convivem com a obesidade por anos sem grandes problemas. No entanto, durante o climatério, essa realidade pode mudar drasticamente. Aqui não se trata de perseguir um padrão estético, mas sim de buscar um peso saudável para preservar a qualidade de vida.
E vamos ser claros: não se trata apenas de “fechar a boca” ou “ter disciplina”. A obesidade é uma doença crônica e exige um tratamento adequado, com acompanhamento médico, orientação nutricional e, muitas vezes, suporte de educadores físicos.
Como minimizar os impactos da obesidade na menopausa?
Para enfrentar esse desafio, algumas mudanças de hábitos são essenciais:
- Atividade física regular: A combinação de musculação e exercícios aeróbicos ajuda a preservar a massa muscular e a acelerar o metabolismo. Não é preciso exagero: a constância é o segredo.
- Alimentação equilibrada: Evitar ultraprocessados, priorizar alimentos ricos em fibras, proteínas e gorduras saudáveis faz toda a diferença. Um plano alimentar personalizado pode facilitar esse processo.
- Cuidado com a saúde mental: O estresse crônico aumenta o cortisol, favorecendo o acúmulo de gordura abdominal. Técnicas como meditação e respiração profunda ajudam a reduzir esse impacto.
- Reposição hormonal: Para algumas mulheres, a terapia de reposição hormonal pode ser uma aliada no alívio dos sintomas e na melhora da qualidade de vida. Avaliar essa opção com um médico é fundamental.

Se você já tentou de tudo e não conseguiu controlar o peso, não desanime.
Atualmente, existem opções de medicamentos que podem auxiliar nesse processo. O mais importante é buscar orientação especializada agendando a sua consulta e encarar essa fase da vida como um momento de cuidado e renovação.
E agora, o que fazer?
Se você se identificou com essa realidade e deseja saber mais sobre como enfrentar os desafios da menopausa e da obesidade, agende uma consulta. Juntos, podemos traçar um plano adequado para melhorar sua saúde e bem-estar. Seu corpo e sua qualidade de vida merecem esse cuidado!